sexta-feira, 23 de setembro de 2016

A pessoa com deficiência na minha história de vida.

Buscando sempre aprimorar meus conhecimentos e evoluir como pessoa, iniciei um curso sobre Educação inclusiva.

Refletindo sobre a questão das presença de pessoas com deficiência na minha vida vejo que começou muito cedo essa relação, o que vejo ter sido fundamental para a minha formação.

Desde que eu nasci já havia em minha família minha tia-avó e meu tio deficientes por terem contraído meningite quando eles ainda eram crianças, ficando com sequelas. Assim fui crescendo aprendendo a respeitar e conviver com as diferenças.
Ainda quando eu era criança, lembro de ter um vizinho com síndrome de down, mesmo assim brincávamos e convivemos até minha família se mudar.

Pode parecer até estranho mas, assim como a arte ia entrando na minha vida de criança, meus pais também traziam a preocupação com o social e com as pessoas com deficiência. Foi a época que tive contato com os pintores com a boca e os pés. E ficava encantada com as imagens dos cartões de natal que eles pintavam e eu alegremente com minha família enviávamos.

Portão Florido
Pintado com a boca e o pé
Artista: Stanislaw Kmiecik
 

Durante a adolescência, esse convívio foi muito escasso. Assim como no inicio da minha vida adulta.

Até que recentemente, já formada em arquitetura e atuando como professora do IFSP campus Registro, tive a oportunidade incrível de ter um aluno cadeirante. Onde pude aprender com ele e com seus colegas a conviver diariamente com essa diferença que só enriquecia a todos.

Ainda nesse período conheci outros cadeirantes que me fizeram repensar a minha própria vida com suas histórias de superação e de luta pelos seus direitos.

Hoje sou professora do IFSP campus Jacareí e não tenho contato com nenhum deficiente.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

O inicio...

Esta é a primeira de muitas postagens que ainda virão...
E tem dia melhor que o de hoje?
Afinal é primavera...

O Amor É uma Companhia
O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.

Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.
Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.

Alberto Caeiro